LULA LIVRE!
Suprema Vergonha. Fim da Prisão em 2ª Instância e o Crime Organizado em festa. Quase 5 mil presos nas ruas, incluso aí Lula, o genocida. Desvio de dinheiro via Corrupção significa (sim) mortos. Essa Corte (Suprema Vergonha) equiparou-se a bandidos soltos agindo aqui fora para soltar os seus. Foi isso. Depois, quando se fala em AI-5, é só esperneio – um atentado à Democracia. E por acaso, referida atitude dessa Suprema Vergonha atenta menos contra o Estado Democrático de Direito? E o direito de se andar pelas ruas sem ser assaltado e estuprado e vítima de outros crimes hediondos, onde fica? As riquezas advindas da Corrupção não são um atentando à Democracia? Direitos para bandidos e o cidadão que se dane, é isso? Não por menos que o Brasil é motivo de piada. País ‘Sui Generis’. Enquanto o resto mundo prende já na Primeira Instância, e o vagabundo que se rebole, mas preso, por aqui nem condenado em a 3ª Instância se permite a Cadeia. É o colarinho branco e seus advogados caríssimos rindo da nossa cara.
Revisão da indecência. Ante o quadro de zombaria e zorra total, somente resta a sociedade pressionar o Congresso para que reveja essa questão da 2ª Instância – PEC ou Projeto de Lei (menos voto). Se bem que Lewandowski já fez sua ressalva: não pode por ser Cláusula Pétrea. Uma ova! Se fosse, a Suprema Vergonha não estaria nessa Masturbação da prisão em 2ª Instância: pode, não pode. De uma vez só sentenciava e por unanimidade: não pode. Quando os Fariseus censuraram Jesus Cristo por fazer cura aos sábados, disse-lhos: ‘O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado’. O homem faz a lei e não a lei ao homem. Fico a imaginar um outro Montesquieu e seu “Espírito das Leis” com a famosa teoria tripartite: Executivo e Legislativo e Judiciário. Surgindo, então, coisa melhor, não se muda, é isso, Lewandowski? Dizia o poeta Paul Valéry que o homem é ‘herdeiro e refém do tempo’, Giannetti completando, ‘mas isso não lhe tira a capacidade de agir no presente tem em vista o futuro que o tire da condição de animal errante’. Só isso. Lewandowski faz parte da ala Garantista da Suprema Vergonha: vale o que diz a letra da Lei. Mas, porém, contudo, foi ele que no Senado, à frente do Impeachment da Mula Dilma Rousseff, protagonizou a palhaçada dos direitos políticos dela, preservando-os quando o rito da Lei do Impeachment os tirava.
– Lula Livre! De há muito tem sido esse o mantra dos beatos e seguidores do santo do pau oco, Lula. Assim como Cristo fez a multiplicação dos pães e peixes, Lula há de fazer à dos pães com mortadela, seu segundo milagre. À do patrimônio foi o primeiro: dele e dos seus chegados. Romaria pelo país… e muita mentira: que tudo é ‘podre’, exceto ele, que é vítima do sistema, que é perseguido, que o Excelentíssimo Senhor Juiz, Sérgio Moro, não presta, que Dallagnol é um filho da puta, e isso, e aquilo. Faz parte do show, faz parte do circo. Talvez haja até choro para comoção e transe da massa acéfala, que nem precisa de muito para cair no conto do vigarista. Entrega-se por si mesma. Cabe bem na ‘Servidão Voluntária’ de La Boétie e não poderia estar melhor abrigada senão na ‘Caverna de Platão’ – de Lula.
Lulistas x Bolsonaristas, e eis no que foi reduzido o Brasil. Tão grande para quase nada. Urge se buscar a racionalidade: um país unido e livre do messianismo. ‘Infeliz é o povo que precisa de heróis’, Brecht. Sim, como dizia, ‘Lula livre!’. A Suprema Vergonha julgou mais Lula e menos a Segunda Instância. Cerca arrombada por Lula, os outros vieram a reboque. Antes tivesse lavada as mãos a julgar com elas sujas. Isso me remete à paisagem da Bíblia com a Crucificação de Nosso Senhor Jesus Cristo. Pilatos se dirigindo à massa desorientada (a mesma de hoje), sobre quem deveria soltar, se Cristo ou Barrabás, e eis que o coro foi uníssono: – Lula livre!
É o povo na cruz.
J. Maria Braz