MESMO COM PANDEMIA, ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE ÁGUAS BELAS MANTÊM ESTUDANTES EM ATIVIDADE
A necessidade de isolamento social como prevenção ao coronavírus parou vários setores mundo afora. Um deles foi a educação, que aqui em Águas Belas teve as aulas paralisadas em 16 de março. Mas para reduzir os impactos na aprendizagem, as escolas da rede municipal de ensino estão driblando as dificuldades e levando ensino remoto para manter os 7.648 estudantes em atividade.
A entrega dos trabalhos iniciaram no mês de abril com uma quantidade de turmas reduzidas, mas hoje abrange todos os alunos de duas formas: on-line, por meio de grupos formados pelos professores no WhatsApp e outras plataformas; e impresso, entregues aos pais ou responsáveis pelo estudante durante a distribuição do kit merenda.
Cada escola elaborou um cronograma de aula com acompanhamento dos professores. Os alunos com acesso à rede devolvem o material para avaliação por meio de fotos ou vídeos, segundo solicitação do professor. Os pais ou responsáveis dos alunos que recebem as atividades impressas entregam os trabalhos na escola.
Situação difícil para os estudantes, momento de reinvenção para as equipes das escolas, que buscam alternativas para mitigar os efeitos da paralisação das aulas presenciais.
“Estávamos acostumados com as relações afetivas acontecendo diariamente na salas de aulas, e a partir do isolamento nós tivemos que encontrar outra forma de ensinar, aprender e conviver com os estudantes. Então nós, profissionais da educação, estamos em uma busca constante de conviver com a inovação”, afirmou o gestor do Colégio Municipal, Rafael Delgado.
Daniele Delgado, secretária de Educação de Águas Belas, fala que manter os alunos ativos é um grande desafio para a educação do município. E complementa dizendo que as atividades remotas são importantes para evitar que os estudantes retornem às aulas com muita dificuldade por conta do longo período longe da escola e da interação com colegas e professores.
“A aprendizagem é um processo construído com o convívio e a troca de informação mútua entre os alunos, professores e demais profissionais do ambiente escolar. A lógica do isolamento social imposta pelo coronavírus é o inverso disso, algo prejudicial do ponto de vista da aprendizagem”, conclui.