POLÍCIA FEDERAL DESARTICULA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ESPECIALIZADA EM FRAUDES PREVIDENCIÁRIAS
A Polícia Federal em conjunto com a Força Tarefa Previdenciária e Trabalhista de Pernambuco deflagrou na última sexta-feira (30/10), a Operação Aturada que desarticulou uma organização criminosa especializada em fraudes previdenciárias. O grupo atuava fraudando diferentes espécies de benefícios de três formas: recebimento de créditos pós-óbito, criação de beneficiários fictícios e atualizações de dados à revelia dos titulares. Foi dado cumprimento a 01 mandado de busca e apreensão expedido pela 36ª Vara da Justiça Federal, num condomínio que fica situada na Rua dos Navegantes-Boa Viagem/PE. No local foram apreendidos 25 cartões bancários, 03 aparelhos celulares, além de um pick-up Hilux. Todo esse material passará por uma perícia técnica com o objetivo de subsidiar as investigações que estão em andamento. Os crimes cometidos pela organização criminosa são inserir dados falsos em sistema de informação, estelionato, uso de documentos falso e associação criminosa, cujas penas ultrapassam os 20 anos de reclusão.
Dentro desse esquema criminoso, os responsáveis pela fraude usavam documentação falsa e contavam com a ajuda de idosos “laranjas” para criar beneficiários fictícios de Amparo Social ao Idoso, fazer renovação de senha, comprovação de fé de vida, transferências, empréstimos consignados e mudanças de datas de nascimento e de órgãos pagadores. A investigação identificou atividades frequentes de recebimento de créditos após o óbito dos beneficiários, além de situações de reiteradas atualizações de dados à revelia dos reais titulares dos benefícios, os quais passavam a ter seus pagamentos depositados em contas criadas pelo grupo.
O cruzamento dos dados nos sistemas corporativos mostrou que a organização criminosa teve participação em pelo menos 227 benefícios suspeitos, os quais serão encaminhados para revisão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação contínua de detecção dessas fraudes tem proporcionada uma economia de pelo menos R$ 6 milhões de reais em valores que seriam pagos futuramente a esses supostos beneficiários, caso o esquema não tivesse sido detectado. O nome da operação, “Aturada”, faz alusão a algo que se estende por muito tempo e a alto custo, considerando que a organização atuava há mais de 18 anos e em pelo menos 10 estados brasileiros. A Força-Tarefa Previdenciária e Trabalhista é integrada pela Polícia Federal, Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e Ministério Público Federal e atua em conjunto para o combate eficaz de crimes contra o sistema previdenciário.